quinta-feira, julho 27, 2006

GNR espancado por negros matando um por defesa

Um soldado da GNR de Loures matou um rapaz de 18 anos – Pedro Vasconcelos, conhecido por ‘Cavalo’ – e baleou na perna uma rapariga de 19 – Romina Santos – quando tentava defender-se de uma alegada tentativa de assalto. O grupo de seis elementos cercou o militar perto do recinto das festas do concelho, durante um festival gastronómico de caracóis. Os disparos terão sido feitos em legítima defesa, mas não impediram que, depois, o GNR fosse esfaqueado e espancado, até ficar inconsciente, pelos amigos da vítima mortal. O soldado está internado sob detenção para ser interrogado.
Pelas 02h30 de ontem o militar, de 25 anos, e a gozar uma folga, abandonou o recinto de um concerto, junto ao Pavilhão Paz e Amizade. Ao dirigir-se para o carro estacionado perto da rotunda da Mealhada, o soldado foi abordado por cinco homens e uma mulher – cinco deles negros e um branco.

Segundo uma fonte policial, um dos rapazes exigiu ao militar o fio de ouro que ele trazia ao pescoço, e, perante uma nega, começou a agredi-lo de imediato, com uma série de murros e pontapés.

Na tentativa de se defender, o soldado mostrou a sua identificação da GNR, mas nem assim as agressões cessaram. O militar sacou da arma pessoal, um revólver calibre .38, e disparou “dois tiros de intimidação”, adiantou fonte da GNR.

Um dos disparos atingiu no peito Pedro Vasconcelos, que caiu inanimado. O segundo tiro atingiu numa das pernas Romina Santos, a única mulher do grupo. A reacção do militar valeu-lhe uma facada na perna, desferida por outro assaltante.

“Agrediram-no com muita violência. Partiram-lhe os dentes da frente e se entretanto não chegasse um agente da PSP que patrulhava a zona, e conseguiu espantar os jovens, ele tinha sido morto”, adiantou a mesma fonte.

De imediato a PSP reforçou o patrulhamento na zona, preservando as provas até à chegada de uma brigada da Secção de Homicídios da Polícia Judiciária, que tomou conta da investigação. Ao início da noite de ontem, os quatro fugitivos ainda não tinham sido detidos.

O soldado ficou inconsciente e foi levado para o Hospital Militar da Estrela, e posteriormente para o Centro Clínico da GNR.Durante o dia de ontem, de acordo com fonte policial, ainda conseguiu dizer algumas palavras do ocorrido. Mantém-se internado sob detenção para interrogatório pela Judiciária.

Já o rapaz e a rapariga baleados foram transportados pelos Bombeiros de Loures para o Hospital de Santa Maria. O CM apurou que Pedro Vasconcelos, atingido no peito, morreu pouco depois de ter entrado no hospital.

Já Romina Santos, baleada numa perna, permanecia ontem internada naquela unidade hospitalar mas fora de perigo.

RELATÓRIO JÁ ESTÁ NA IGAI

O Comando-Geral da GNR enviou ontem para a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) um relatório com os factos ocorridos na madrugada de ontem junto ao Pavilhão Paz e Amizade, em Loures. Apesar de o soldado assaltado se encontrar fora de serviço quando foi abordado por um grupo de assaltantes, o facto de ter disparado uma arma – mesmo que a pessoal – leva à abertura, de imediato, de um processo interno para averiguar o caso, disse uma fonte da Guarda ao CM.

O soldado, na GNR desde 2003, já tinha passado pelo Regimento de Infantaria mas, há cerca de dois anos, foi colocado ao serviço do Destacamento da GNR de Loures. Os dois disparos “de intimidação” que efectuou foram feitos com a sua arma pessoal, uma Magnum .38 – apenas permitida como arma pessoal a elementos das forças de segurança, explicou ao CM outra fonte policial. Só a resposta do IGAI vai permitir saber se a forma de actuação do militar poderá resultar num processo disciplinar dentro da GNR.

FAMÍLIA DA VÍTIMA EM SILÊNCIO

Pedro Vasconcelos, o jovem de 18 anos que ontem foi morto com um tiro de revólver disparado por um soldado da GNR de Loures, residia na Rua Eugénio de Castro, em Santo António dos Cavaleiros. A reportagem do CM falou ontem com dois familiares do jovem falecido, através do intercomunicador do prédio onde este residia. Ambos se remeteram ao silêncio, alegando não ter qualquer conhecimento dos contornos do crime que vitimou Pedro Vasconcelos.

Na zona, poucas pessoas quiseram falar sobre o jovem. Uma amiga de Pedro, que solicitou o anonimato, revelou-se “muito chocada” perante a notícia do trágico crime. “O ‘Cavalo’ (alcunha de Pedro Vasconcelos), era conhecido por todos aqui. Os amigos nem vão acreditar nesta enorme tragédia”, concluiu a jovem.

retirado do Correio da Manhã

sexta-feira, julho 21, 2006

sábado, julho 15, 2006


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